Principal associação representativa das indústrias de saúde animal no mundo, a Health for Animals divulgou recentemente um relatório onde aponta as tendências do setor para 2022. De acordo com a entidade, o aumento da demanda global por proteínas deve elevar a necessidade de medicamentos veterinários para  todas as espécies, mas algumas deverão ter um crescimento bem acima da média.

A produção de peixes de cativeiro, por exemplo, deve crescer 22,4% até 2030, indicando o potencial de crescimento dos medicamentos e vacinas para este segmento. A oferta de leite e de carne suína também deve aumentar 18,4% e 17,5%, respectivamente. Por outro lado, a produção de carne bovina deve crescer bem menos: cerca de 6%.

 Diante deste cenário, um dos grandes desafios do setor é aumentar o índice de medicalização no campo, especialmente entre os pequenos produtores, buscando aumentar o bem estar dos animais reduzir as perdas. De acordo com estimativas da Organização Mundial de Saúde Animal, cerca de 20% da produção de proteínas é perdida todos os anos devido a doenças.

 

Pets reforçam o cenário positivo para a indústria

Entre os animais de companhia, o cenário para os próximos anos também é bastante animador. Assim como no Brasil, o número de pets vem crescendo em todo o mundo. Atualmente existem cerca de 85 milhões de cachorros e 65 milhões de gatos nos Estados Unidos, hoje o maior mercado global. Na Europa, são 70 milhões de cachorros e quase 81 milhões de gatos, enquanto a China abriga 74 milhões de cachorros e 67 milhões de gatos.

 Somente nos Estados Unidos o gasto com os animais de companhia saltaram de US$ 90.5 bilhões em 2018 para 123.6 bilhões em 2021. Este aumento nos cuidados com os pets, tem se refletido em uma maior expectativa de vida dos animais, com um aumento de 12% no período. O potencial de crescimento neste segmento também é enorme, já que apenas 40% dos tutores americanos levam seus animais ao veterinário ao menos  uma vez por ano.