Vacinação dos animais, descarte adequado de dejetos e manejo correto do gado contribuem para a diminuição da produção de metano, dióxido de carbono e óxido nitroso

 

São Paulo, junho de 2024 – A redução das emissões de gases do efeito estufa é uma prioridade global e a prevenção de doenças em rebanhos tem papel fundamental. Estudo da Oxford Analytica, em parceria com a Health for Animals, entidade global que representa as indústrias fabricantes de medicamentos veterinários, revela os impactos das doenças em rebanhos nas emissões de gases do efeito estufa. O levantamento concluiu, por exemplo, que a incidência de doenças em 30% dos animais tem como consequência um acréscimo entre 1,5% e 1,7% nas áreas destinadas à criação de gado somente para a manutenção da produção, resultando em consequências negativas para o meio ambiente.

“Adotar medidas preventivas é essencial para garantir a saúde dos rebanhos e também para amenizar os impactos ambientais. Investir em saúde animal não é apenas uma questão de responsabilidade, mas também uma oportunidade de contribuir com as gerações futuras”, afirma Emílio Salani, vice-presidente executivo do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), que é membro do Health for Animals.

Ao analisar estudos internacionais, o Sindan concluiu que doenças nos rebanhos causam aumento nas emissões de gases do efeito estufa de até 113% na pecuária de corte e de 24% na produção de leite. Com o Brasil se comprometendo em reduzir até 53% das emissões de gases do efeito estufa, o setor de saúde animal ganha destaque como um aliado nesse esforço.

Veja a seguir três provas de que prevenir doenças em rebanhos colaboram com a redução da emissão de gases do efeito estufa.

Vacinação

 

Ao vacinar os animais, estes se mantêm mais saudáveis. E rebanhos saudáveis tendem a pastar de forma mais uniforme e eficiente, o que contribui para uma melhor gestão das pastagens, resultando em mais áreas verdes e sustentáveis. O Com o Brasil se comprometendo em reduzir até 53% das emissões de gases do efeito estufa, o setor de saúde animal ganha destaque como um aliado nesse esforço.  segundo o estudo da Oxford Analytica.

“Investir em vacinação é uma medida de saúde animal e uma estratégia responsável que contribui para a sustentabilidade do meio ambiente. O aumento da implementação de medidas adequadas de cuidado com a saúde dos animais poderá impulsionar significativamente o crescimento da produção de proteínas animais, sem aumentar, ou até reduzindo, os níveis de emissões de gases de efeito estufa provenientes do setor”, diz Salani.

Descarte de dejetos

 

A prevenção de doenças também implica em uma melhor gestão dos dejetos. Dejetos de animais doentes podem ser mais difíceis de manejar e tratar adequadamente, resultando em maiores emissões de gases no efeito estufa. A Oxford Analytica indica que 26% do território do planeta é usado para a criação de animais, e destaca que a falta de espaço de alguns produtores rurais com menos recursos dificulta o descarte dos dejetos da forma correta. Consequentemente, as doenças se proliferam pelo solo, ar e água.

Manejo adequado

 

Além do manejo adequado do gado influenciar na produção de leite ou carne, ele afeta a saúde geral dos animais e, por sua vez, a sustentabilidade ambiental da operação agrícola. Animais saudáveis tendem a ser mais produtivos ao longo de suas vidas, resultando em uma melhor utilização dos recursos. Países mais desenvolvidos, com maior investimento no manejo dos animais, podem ter resultados menos nocivos ao meio ambiente. Segundo o estudo da Oxford Analytica,  as consequências de doenças em países com menor IDH (índice de desenvolvimento humano) é consideravelmente maior do que em nações de primeiro mundo. Uma doença que atinge 20% de um rebanho de um país subdesenvolvido gera 60% de aumento de gases do efeito estufa. Em países desenvolvidos, a doença traz um aumento de 42%.

“Práticas de manejo responsáveis, como nutrição adequada, condições de vida confortáveis e cuidados veterinários regulares, beneficiam o bem-estar animal e contribuem para a qualidade dos produtos finais e para a confiança do consumidor na cadeia de suprimentos”, explica Salani.